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Publicado em 10/10/2025

Nos últimos meses, a internet foi tomada por notícias sobre mudanças no processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Muitos acreditaram que não será mais preciso fazer aulas práticas ou pagar por autoescolas, mas será que isso é verdade?
Vamos esclarecer tudo o que realmente está em discussão e o que pode mudar no futuro próximo.

O que está sendo proposto

O Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes e da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), abriu uma consulta pública para revisar as regras da formação de novos condutores no Brasil.
A proposta busca modernizar e baratear o processo, permitindo que o candidato tenha mais liberdade sobre como se preparar para os exames.

Em resumo, as mudanças em estudo incluem:

  • Retirada da obrigatoriedade das aulas práticas e teóricas em autoescolas;

  • Possibilidade de realizar os estudos teóricos de forma online;

  • Permissão para instrutores independentes credenciados oferecerem aulas particulares;

  • E a eliminação da carga horária mínima obrigatória de 20 horas de aulas práticas.

O objetivo é tornar a CNH mais acessível, principalmente para as categorias A (motos) e B (carros), já que o processo atual é considerado caro e burocrático por muitos brasileiros.

Vai dar para tirar CNH sem autoescola?

Sim, mas com limites.
Caso a proposta seja aprovada, o candidato poderá optar por não frequentar uma autoescola obrigatoriamente, desde que estude por conta própria ou com um instrutor credenciado pelo Detran.

Isso não significa que o processo será “livre” — será preciso realizar as provas teórica e prática normalmente, e o candidato só conseguirá a CNH se for aprovado em ambos os exames, como já acontece hoje.

Ou seja: a autoescola deixa de ser obrigatória, mas a avaliação final continua obrigatória.

E o custo da carteira? Vai ficar de graça?

Não.
Muitas postagens nas redes sociais geraram confusão ao dizer que “a CNH será gratuita” — isso não é verdade.

Mesmo que as aulas deixem de ser obrigatórias, o candidato ainda terá que pagar por:

  • Taxas do Detran (inscrição e exames);

  • Exames médico e psicológico;

  • Emissão da CNH;

  • E, caso queira, aulas com instrutores particulares ou autoescolas.

O que pode acontecer é uma redução significativa nos custos, já que o candidato poderá estudar sozinho e pagar apenas pelas partes que desejar contratar.

As provas continuam obrigatórias

Tirar a CNH sem aulas não significa tirar sem prova.
O candidato ainda precisará passar no exame teórico e no prático, que continuarão sendo exigidos por lei.

A diferença é que o aluno poderá estudar no seu ritmo, inclusive com materiais online, e agendar o exame diretamente no Detran, sem precisar de um certificado de conclusão de autoescola.

Autoescolas vão acabar?

Não.
As autoescolas continuarão existindo, mas deixarão de ser o único caminho.
Elas poderão continuar oferecendo cursos completos e preparação para quem preferir seguir o método tradicional, enquanto os instrutores independentes terão liberdade para oferecer serviços mais personalizados e, possivelmente, mais baratos.

Essa mudança pode gerar concorrência saudável no setor, forçando as autoescolas a melhorarem seus serviços e preços.

O que ainda não está decidido

Apesar de toda a repercussão, nenhuma lei foi aprovada ainda.
A proposta está em consulta pública, o que significa que ainda passará por ajustes, análises técnicas e aprovação final antes de entrar em vigor.

Além disso, mesmo depois de aprovada, cada Detran estadual poderá definir regras complementares, o que pode fazer com que as mudanças sejam aplicadas de forma diferente em cada estado.

O que esperar para o futuro

O Brasil ainda enfrenta desafios em relação à educação no trânsito, e há quem acredite que diminuir a carga de aulas possa aumentar o número de motoristas mal preparados.
Por outro lado, os defensores da mudança acreditam que o modelo atual é burocrático e caro demais, e que é possível preparar condutores com liberdade e responsabilidade individual.

Enquanto a proposta é debatida, a recomendação é acompanhar fontes oficiais, como o site da Senatran e dos Detrans estaduais, para evitar cair em boatos.

Conclusão

O projeto de mudança na legislação da CNH tem como meta simplificar o processo, reduzir custos e modernizar o ensino para motoristas.
Ainda não há lei aprovada, mas o debate já indica que o sistema atual deve passar por transformações significativas em breve.

Fique atento às próximas atualizações — e lembre-se: mesmo com mudanças, responsabilidade no trânsito continua sendo a parte mais importante da direção.

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